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Observações..

Quando escrevemos esta Memoria citámos sómente as moedas estampadas na Historia Genealogica que julgámos mais exactas, ajuntando-lhe depois as gravuras em madeira, copiadas pela maior parte dos exemplares mais perfeitos da nossa collecção, e de alguns dos outros curiosos, e nos servimos unicamente das gravuras da Hist. Gen., quando não obtivemos os originaes.

As moedas portuguezas anteriores á reforma monetaria do Sr. D. Pedro II., são tão variadas nas legendas, que raras vezes se encontram dous exemplares similhantes; e tendo-se copiado as descripções da Hist. Gen., e depois as gravuras de madeira, forçosamente houveram algumas leves imperfeições nessas legendas, tendo-se até feito parte das gravuras depois de impressas as explicações. Pareceu-nos fastidioso notar taes miudezas nas erratas, assim como declarar todas as vezes que os exemplares nos pertenciam, porque pouco importa que as moedas communs existam nesta ou naquella collecção. Não estando os nossos gravadores habituados a similhantes trabalhos, gravaram algumas vezes os Reversos das medalhas antes dos Anversos, erros que os entendedores conhecem perfeitamente, e os sabem emendar.

As moedas dos Srs. D. João IV. e D. Affonso VI., e as primeiras do Sr. D. Pedro II., tem os typos muito imperfeitos, dando motivo aos que tem pouco conhecimento destas moedas trocarem os nomes dellas.

Poucas moedas portuguezas falsas temos encontrado; possuimos uma de prata de 11 dinheiros com 37 millimetros de diametro, e com o pezo de 5 oitavas e 15 grãos, dos Governadores do Reino, e já vimos outra igual do Cardeal o Sr. D. Henrique, que álem de serem fundidas não tem pelo seu pezo nenhuma relação com as moedas contemporaneas.

Gubernatores et Defensores Regni P.-Escudo das armas com corôa aberta, similhante ao Sello dos mesmos Governadores, estampado na Hist. Gen., N.° XCII.-quando o Tostão que se acha nesta Memoria a pag. 156 tem a coroa fechada.

Rev. In Hoc Signo Vinces-Cruz de Christo com os typos mais perfeitos do que os outros daquella época, apezar de ser fundida. Pedimos aos novos curiosos que não arruinem as nossas antigas moe

das, branqueando as de prata, e limpando as de cobre com os acidos concentrados, o que lhe faz perder todo o caracter de antiguidade, tornando-as duvidosas, parecendo mais contrafeitas do que daquellas épocas.

SENHOR D. JOÃO V.-1706 A 1750.

MOEDAS DE OURO.

MOEDA-Ouro de 22 quilates, peza 3 oitavas, valia 4800 réis, lavrada, assim como todas as de ouro neste reinado, conforme a Lei de 4 de Agosto de 1688, valendo o marco de ouro amoedado - réis 102400. JOANNES V. D. G. PORTUG. ET. ALG. REX Escudo das armas, acostado do valor-4000

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Rev. IN HOC SIGNO VINCES 1713- Cruz de Christo cantonada com as marcas monetarias do sitio aonde eram fabricadas. As de Lisboa tem umas rosetas, as do Porto-P-Rio de Janeiro-R- Bahia -B- Minas Geraes- M.

A Casa da Moeda do Porto foi restabelecida por Carta Regia de 18 de Junho de 1688. Nas casas da Moeda do Ultramar álem das moedas das Colonias tambem se lavraram as moedas para o Reino.

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MEIA MOEDA Ouro de 22 quilates, peza 108 gr., valia

2400 réis.

Typos e legendas iguaes ás de 4800 réis, tendo ao lado do escudo - 2000.

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QUARTO OU QUARTINHO—Ouro de 22 quilates, peza 54 gr., valia 1200 réis.

Typos e legendas iguaes á de 4800, e tendo ao lado do escudo 1000 réis.

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Carta Regia datada de 19 de Março de 1720, revogando a Lei de 11 de Fevereiro de 1719, na parte em que concedia que no Districto de Minas corresse o ouro em pó, devendo daqui em diante correr o ouro em barra marcado, e o dinheiro; estabelecendo-se alli Casa de Moeda, aonde se fabriquem Moedas de Ouro, Meias Moedas, e Quartos, com o mesmo valor e quilates e fórma que tem no Reino, Bahia, e Rio de Janeiro, sendo marcadas com a letra-M.

(Hist. Gen., Tom. IV., Pag. 405.)

CRUZADO NOVO-Ouro de 22 quilates, peza 21 gr., valia

480 réis.

Mandados lavrar por Ordem do Conselho da Fazenda de 29 de Outubro de 1718.

2. CLASSE. T. 2. p. I.

(Hist. Gen., Tom. IV., Pag. 405.)

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JOAN. V. Legenda no campo da moeda mettida em dous ramos de palma, por cima corôa, e por baixo-400.

Rev. IN HOC SIGNO VINCES-1721-Cruz de Christo.

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TOAN

DOBRÃO DE CINCO MOEDAS -Ouro de 22 quilates, entram 4 em marco, pezava 15 oitavas, valia 24000 réis.

Lavrados em Minas Geraes por Ordem do Conselho Ultramarino do anno de 1721.

(Hist. Gen., Tom. IV., Pag. 296).

JOANNES. V. D. G. PORT. ET. ALG. REX-Escudo das armas acostado das cifras 20000.

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Rev. IN HOC SIGNO VINCES-1725-Cruz de Christo cantonada com quatro M. (1)

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(1) Os Dobrões de Cinco moedas deixaram de ser admittidos como moedas correntes pela Lei de 6 de Março de 1822. Carimbados na Casa da Moeda com um pequeno escudo das armas do reino, para correrem no valor de 30000 réis, tendo o pezo exacto de 15 oitavas pela Lei de 21 de Julho de 1847; e pela Lei de 29 de Julho de 1854 deixaram novamente de ser admittidos.

Os Dobrões de Duas Peças igualmente deixaram de ser moedas correntes pela dita Lei de 6 de Março de 1822, novamente admittidos em 1847, o deixaram de ser em 1854, porém não tiveram o carimbo como os de Cinco moedas.

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DOBRÃO DE DOZE MIL REIS-Ouro de 22 quilates, entram em marco, pezavam 7 oitavas, valiam 12000 réis. Lavrados em Minas Geraes pela dita Ordem de 1721.

Typos e legendas iguaes ao dobrão de 24000 réis, tendo ao lado do escudo 10000.

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DOBRA DE OITO ESCUDOS OU DOBRÃO DE DUAS PEÇAS Ouro de 22 quilates; pezam 8 oitavas, valiam 12800 réis. Lavrados na Bahia, Rio de Janeiro, e Minas.

JOANNES V. D. G. PORT. ET. ALG. REX.-Retrato do Rei com corôa de louro e no exergo-M-1732.

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ganier.

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Estes tres exemplares são da collecção do Sr. Jorge Cesar de Fi

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