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proprias mãos, e sellado de nossos sinetes estes artigos na Haya, em 30 de julho de 1669.

(L. S.) D. Francisco DE MELLO.

(L. S.) W. VAN HEUCKELOM.

(L. S.) Johan DE WIT.

(L. S.) A. PIETERSON.

(L. S.) Joh. baron VAN REEDE.

(L. S.) E. VAN BENTHEM.

(L. S.) E. HORENKEN.

1669.

ARTIGO SEPARADO.

Porquanto os senhores Estados Geraes das Provincias Unidas dos Paizes Baixos se tem obrigado pelo artigo 11° do tratado que hoje foi concluido e assignado entre nós, a que S. A. P. farão de modo, que os seus vassallos e habitantes das ditas Provincias Unidas irão buscar todos os annos tanto sal, quanto foi o mais que elles tiraram em algum dos dez annos proximos passados; e que pelo artigo decimo segundo seguinte foi accordado que em caso que possa succeder alguma falta por guerras, ou embaraços por mar, ou por outras incommodidades, que em algum tempo possam sobrevir, de sorte que os vassallos e habitantes das ditas Provincias não possam ir buscar a quantidade de sal, a que elles se tem obrigado pelo sobredito artigo 11°. Em tal caso a corôa de Portugal não será obrigada a suprir a esta falta, senão depois da expiração inteira dos vinte annos de que se faz menção nos artigos precedentes do mesmo tratado; sem que por razão disso ella seja obrigada a pagar algum interesse ou redito. Para maior clareza, e a fim de prevenir as differenças que ao diante se podem encontrar, ou seja tocante á justa quantidade de sal que os habitantes d'estas Provincias podem haver tirado em algum dos ditos dez annos, em que elles tirassem mais sal de Setubal; ou seja no tocante á sufficiente qualidade das incommodidades pelas quaes os mesmos habitantes se podem abster de tirar e carregar toda a dita quan

Ir buscar

todos os annos

tanto sal.

1669.

tidade de sal; foi convindo e accordado por este presente artigo separado (assim como nos concordamos e convimos por estas presentes) que da parte de Portugal se apresentará, juntamente com a ratificação do dito tratado, uma certidão authentica dos livros de receita dos direitos da entrada e saida, ou de outros registros do mesmo reino de Portugal, de todo o sal que foi carregado pelos habitantes d'estas Provincias em Setubal nos annos de 1659, 1660, 1661, 1662, 1663, 1664, 1665, 1666, 1667 e 1668, com expressão dos nomes sobrenomes dos mestres, e dos navios, pelos quaes, e nos quaes a dita quantidade de sal foi carregada; a fim de que com esta noticia, e com as outras informações que S. A. P. tomarão entretanto sobre o mesmo negocio n'estes paizes, se possa ao tempo da permutação das ratificações, fixar e particularmente determinar por uma reciproca convenção a justa quantidade de moios, que os habitantes d'estas Provincias Unidas serão obrigados a ir buscar todos os annos, para satisfazer ao conteúdo no sobredito artigo 11°. E além d'isto que ficará na escolha e opção do principe de Portugal o fazer subsistir e executar geralmente, e sem alguma excepção a condição expressa no dito artigo 11°, convem a saber de suprir sem contestação a sobredita falta depois da expiração dos ditos vinte annos, ou de pagar no fim de cada anno promptamente em dinheiro de contado, o justo terço do valor do sal, que os vassallos e habitantes d'estas Provincias Unidas houverem deixado de carregar no dito anno, menos da quantidade estipulada no dito artigo. Mediante o qual o dito Sr. principe se explicará positivamente sobre a dita alternativa, ao tempo da permutação das sobreditas ratificações. E em caso que elle aceite a derradeira parte da mesma alternativa (a saber o pagar promptamente em dinheiro de contado a terça parte da dita falta) que ella a satisfará real e effectivamente e sem dilação; e em falta disto o anno seguinte S. A. P. receberão o valor inteiro da falta em sal, da mesma maneira que ha sido estipulado, e mais amplamente expresso no 10° artigo do mesmo tratado, sobre o supplemento da falta que succeder, sem ser por culpa de S. A. P., ou de seus vassallos e

habitantes d'estas Provincias Unidas, e isto além da quantidade de sal, que pela razão n'elle declarada se tem accordado pelo dito 10° artigo. Feito na Haya, aos 31 de julho de 1669.

(L. S.) D. Francisco DE MELLO.

(L. S.) W. VAN HEUCKELOM.

1669.

(L. S.) Johan DE WIT.

(L. S.) A. PIETESSON.

(L. S.) Johan baron VAN REEDE.

(L. S.) E. VAN BENTHEM.

(L. S.) E. HORENKEN.

T. I.

11

ww

PRIMER PERÍODO.

ESPAÑA Y GRAN BRETAÑA.

TRATADO

ENTRE LAS CORONAS DE ESPAÑA Y DE LA GRAN BRETAÑA,

PARA RESTABLECER LA AMISTAD Y BUENA CORRESPONDENCIA EN AMÉRICA; FIRMADO EL 18 DE JULIO DE 1670, RATIFICADO EL 12 DE AGOSTO Y 3 DE OCTUBRE DE 1670. AJUSTADO EN MADRID Á 18 DE JULIO DE 1670.

(Secretaría del Consejo de Estado del cargo de D. Augustin Pablo de l'Hordenada, original en latin.)

1670.

Objeto del tratado.

Tratado para componer las diferencias, reprimir las pressas, presente y ajustar la paz entre las coronas de España y la Gran Bretaña en América, hecho y concluido por el excelentíssimo señor D. Gaspar de Bracamonte y Guzman, conde de Peñazanda, consejero de Estado, y presidente de Indias, en nombre de los sereníssimos y muy poderosos rey y reyna de las Españas sus señores; y por el illustríssimo señor D. Guillermo Godolphin, cavallero de la Espuela Dorada, auditor del fisco y de las rentas reales, senador en el parlamento de Inglaterra, y embiado extraordinario del sereníssimo y muy poderoso rey de la Gran

Bretaña á España, en nombre del dicho sereníssimo rey, su señor: en Madrid á 18 dias del mes de julio, año del Señor de 1670.

Haviéndose interrumpido, de muchos años á esta parte, en la América, la buena intelligencia, y amigable correspondencia entre las naciones española é inglesa; y, para restaurar una y otra, y establecerla con ciertas reglas para en adelante, embiado á España el sereníssimo y poderosíssimo señor Cárlos, rey de la Gran Bretaña, por su embiado extraordinario al señor Guillermo Godolphin, cavallero de la Espuela Dorada, auditor del fisco y rentas reales, y senador en el parlamento de Inglaterra, con pleno y universal poder para ajustar qualquier tratado necessario á este fin y aviendo tambien diputado por su plenipotenciario los sereníssimos y poderosíssimos don Cárlos, rey de la España, etc., y la reyna doña María Ana de Austria, su madre, tutora y curadora, y gobernadora de sus reynos y señoríos, para promover tan santa obra, al excelentíssimo señor don Gaspar de Bracamonte y Guzman, conde de Peñaranda, consejero de Estado, y presidente de Indias, á fin que confiriesse, tratasse, y concluyesse sobre esta materia con el sobredicho señor Guillermo Godolphin, embiado extraordinario; finalmente se ha convenido de ambas partes en los artículos del siguiente tratado, en virtud de sus respectivos poderes, cuyas copias se insertan aqui.

(Síguese el tenor del poder ó plenipotencia concedida por S. M. cathólica al señor conde de Peñaranda.)

Don Carlos, por la gracia de Dios rey de Castilla, de Leon, de Aragon, de ambas Sicilias, de Jerusalem, de Toledo, de Valencia, de Galicia, de Córdova, de Córcega, de Murcia, de Jaen, de los Algarbes, de Algecira, de Gibraltar, de las islas de Canaria, de las Indias orientales y occidentales, islas y tierra firme del mar Occéano, archiduque de Austria, duque de Borgoña, de Brabante y Milan, conde de Abspurg, Flandes, Tirol y Barcelona, señor de Viscaya y el Molina, etc.; y la reyna doña María Ana su madre, tutora y curadora de su real persona y gobernadora de dichos reynos y señoríos. Por quanto

1670.

Poder concedido

al plenipotenciario de las Españas.

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