taes sediciossos pera inducirem o povo simprez de cautelas ao que pretendem, e querendo prover como os forçados e opprimidos nam seyao punidos juntamente com os culpados, e que o povo (que commummente he mais facil de enganar) nam seya castigado com o rigor que o dereito permite, e por facer graça e merçe as molheres e filhos inocentes que muitos deles tem e pendem de sua administraçam, hey por bem e me pra que todos aqueles que deixando a voz do dito dom Antonio e seguindo a minha como de seu rey e natural senor que sou se reduzirem á meu serviço dentro do termo que lhe pera isso asinara o duque Dalva, meu primo, do meu Consselho do Estado e meu capitao general, seyao perdoados livremente de toda a culpa em que teverem encorrido por assiterem tomada e seguida a voz do dito dom Antonio e de todas as penas estabelecidas per dereito comum e pelas leis, ordenaçoes e costumes dos ditos reinos e senoríos de Portugal, porem o dito dom Antonio e todos os induzidores das rebelioes que cometeo na vila de Santarem, e em Lisboa e Setubal, e todos os que dele aceitarom ou ao diante açeitarem cargos, officios e merces como de rey e os que o servem actualmente nam gozaram deste perdam e merce antes serao punidos e castigados conforme a direito com todo rigor de justicia, e pera certeza de tudo mandei passar esta carta por mim asinada e asclada com o selo de minhas armas reaes da coroa de Portugal, e mando que se cumpra e guarde mui inteiramente como nela se contem, e que ao trelado dela impreso, aselado com o dito selo e refrendada per Nunalvarez Pereira, se dee tao inteira fee e credito como a esta propia. Dada na cidade de Badajoz a catorce dias do mes de julho de mill e quinhentos e oytenta. Eu Nunalvarez Pereira fiz escrever. -El rey, con rúbrica.

Al pié dice.-Carta de perdao que V. Mag. da aos rebeldes que se reducire a seu servizo polla maneira arima declarada.

A la espalda hay un sello en papel sobre cera encarnada, con las armas de Portugal y la siguiente inscripcion al rededor.-Philip. D. G. Rex Portugalliæ et Alg. et ult. in Afric. ac Guine. Do.

Debajo del sello dice.-Nunalvarez Pereira, con rúbrica.

Poder original en portugués á favor del duque de Alba, otorgado por Felipe II en Badajoz á 14 de julio de 1580.

CARPETA.-Poder original en idioma portugués, firmado del señor rey D. Felipe II, sellado con el sello de las armas de aquel reino, librado en la ciudad de Babajoz á 14 de julio de 1580, en favor del señor duque de Alba D. Fernando Alvarez de Toledo, de su Consejo de Estado, para que pudiese conceder y otorgar libremente cualesquier perdones á cualesquier personas culpadas en la rebelion, que en dicho reino de Portugal levantó D. Antonio, hijo ilegítimo del Infante D. Luis, llamado rey de él, perdonándolas todas las penas por derecho establecidas contra los que cometen el delito de lesa Majestad.

(Archivo del Excmo. Sr. duque de Alba.j

Dom Philippe, per graça de Deus, rey de Portugal e dos Algarves da quem e dalem mar em Africa, senor de Guinee e da conquista, navegação, comercio de Ethiopia, Arabia, Persia e da India &.a, faço saber a os que esta minha carta de procuraçao virem, que por cuanto eu tenho ora emviado o duque Dalba meu primo, do meu Consselho do Estado e meu capitao general a tomar posse dos ditos reinos de Portugal, e assi a castigar a rebeliao que dom Antonio,

filho nao legitimo do senor Infante dom Luis, que Deus tem, cometeo, alevantandosse, como se alevantou, com o nome de rey e senor dos ditos reinos e senorios, e a punir os sediciosos e rebeldes que o sequem como tudo de dereito divino e humano posso facer como verdadeiro rey e senor que sou dos ditos reinos e senorios por me pertenecerem justa e legitimamente des o dia que faleceo o senor rey dom Henrique, meu tio, que esta em gloria; conssiderando de quanto merecimento he ante o Senor Deus o perdao em alguas occasioes pela muita confiança que tenho do dito duque e de sua prudencia que sabera usar deste poder nas occasiocs e tempos necessareos o faço meu bastante procurador e le dou bastante poder quanto de dereito em tal caso se requere, pera que ele em meu nome possa ouctorgar e conceder libremente quaesquer perdoes e a quaesquer pessoas culpadas no dito caso da rebeliao do dito dom Antonio, e remitirlhes todas as penas e condenações estabelecidas per dereito contra os que cometem crimem de lesa Magestade, e conthendas na sentença que contra eles deu o dito senor rey dom Henrique, meu tio, porque assi o hey por bem por justos respeitos que me a isso movem sem embargo de todas as leis, ordenações e costumes que em contrairo aya, as quaes todas aqui hey por derogadas, e que o dito duque as possa derogar quando e como lhe bem pareçer, e outorgar os ditos perdoes as pessoas que por bem tuver, e com as condiçoes que lhe parecer serviço de Deus e meu, e lhe ouctorgo pera o dito effeito tal e tamto poder qual e quanto eu tenho e posso ouctorgar como verdadeiro rey e scnor dos ditos reynos e senorios, e sendo necessarca outra algua clausula ou declaração pera este poder e procuraçao aver cumprido effeito, ahei aqui por expressa e declarada, e dou minha fee e palabra real de haber por bom, firme e valioso

tudo o que pelo dito duque neste caso for feito per vertude desta dita procuraçao, sem embargo de quaesquer leis e ordenações em contrairo e da ordenação do livro segundo, titulo corenta e nove, que diz que nao se entenda por mim deregada ordenação algua se dela e da sustancia dela nao fizer expressa mençao, e pera certeza de tudo mandei passar esta carta de procuraçao por mi asignada e asclada com o selo de minhas armas reales da coroa dos ditos reinos e senorios de Portugal. Dada na cidade de Badajoz a catorce dias do mes de julho de mil e quinhentos e oytenta anos.Eu Nunalvarez Pereira a fiz escrever.-El rey, con rúbrica.

Al pié dice.-Carta de poder ao duque Dalba.

En la espalda de este documento hay un sello en papel sobre cera encarnada, con las armas de Portugal y la inscripcion siguiente alrededor.

"Philip. D. G. Rex Portugalliæ et Alg. et ult. in Afric. ac Guine. Do.

Debajo del sello dice.--Nunalvarez Pereira, con rúbrica.

Copia de minuta de carta del rey al duque de Alba. De Badajoz á 15 de julio de 1580.

Recomendacion á favor del capitan Cisneros.

(Archivo general de Simancas.-Estado, legajo núm. 423.)

EL REY.

Duque primo: Daráos esta el capitan Cisneros, que encaminó lo de Villaviciosa tan cuerdamente como sabeis, en

cuya consideracion le he mandado señalar el entretenimiento que vereis por otra mi cédula, que se os presentará juntamente con esta, confiado de que dará buena cuenta de lo que se le encomendare, y así os encargo la tengais con él para le emplear en las ocasiones que se ofrescieren de mi servicio conforme à su cualidad y á lo que se puede esperar de que en todas hará lo que hasta aquí, que yo lo recibiré en ello muy acepto. De Badajoz á 15 de julio 1580.Yo el rey. Por mandado de S. M.-Gabriel de Zayas.

Copia de minuta de carta del rey al duque de Alba. De Badajoz á 15 de julio de 1580.

Recomienda á D. Pedro de Rivera.

(Archivo general de Simancas.—Estado, legajo núm. 425.)

Al duque de Alba.—D. Pedro de Rivera, que esta os dará, es sobrino del licenciado R.° Vazquez Arce, del mi Consejo, en cuya compañía fué dese reino, y mientras allá estuvo y señaladamente en Lisboa, do hizo algunas cosas de mi servicio que se le encomendaron con mucho cuidado y diligencia y tuvo buenas inteligencias, y habiendo dicho agora que las podria llevar adelante, he mandado que vaya á daros noticia dellas á fin de que si os pareciere que son de substancia y que conviene que pase á residir á Lisboa para las continuar, se lo ordeneis, advirtiéndole de como se ha de gobernar y proceder en ellas, y paresciéndoos lo contrario se quedará á servirme cerca de vuestra persona en las ocasiones que se ofrescieren y vos le ocupáredes, que por lo que meresce por su buena intencion y determinacion