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XVIII.

EPITAFIOS

Y

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DICHOS PORTUGUESES.

(Siglo XVII.—B. del Duque de Osuna.)

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Ouva o mundo! Tembre o diabro! Folguese Deus muyto e mays, muyto ainda mais! O muito fidalgo cabaleiro Manoel Fragoso jaz aqui dormendo pera sempre. Ninguen pase por enrriba con os pes, porque não reciba detrimento.

Aqui jaz o milhor musico do mundo, que lhe chamou Deus muito rogado pera maestro de sua capella, e foy logo, inda que sin sua regola.

Aqui jaz Vasco Cid Figueira,
Cavalhero portugués muito honrado,
Que nem morreo nas guerras,

Nem con moiros pelejando,

Mas morreo na sua cama,
Come home muito fidalgo.

Aqui jaz quem foi vivo e ya he morto, e ainda que morreo, vive, porque o mundo treme en ouir seu nome.

Aqui jaz a osamenta do corpo de Jorge Sequeira, vicinho de Lisboa. Não cudeis que o vejais en ninguna terra nova.

Ista he morada de Alfonso Bragado e de sua mulher Branca Diez, e depois, de quem eu quisere. Morreo chamando a Deus e a o Rey de Portugal.

Este entergumento de sepulcro he da senhora Maria, mulher do senhor Don Nuño. Morreo porque Deus quiso. E si Deus quisera, fora viva inda fata o fin do mundo.

Aqui jaz o corpo do Senhor Vasco Barreto. Morreo con consentimento de Deus e muito contra sua voontade. Encomendoos un Avemaria.

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